Em 2010, alguns artistas
conhecidos no meio musical (dentre eles, integrantes das bandas The Killers e
Keane) abraçaram um projeto chamado Mt Desolation, o que gerou um álbum que
resultou em uma mistura de Folk Music com Rock melancólico.
Dentre os destaques do
disco, a belíssima Comming Home acabou figurando entre as mais belas músicas
que considero já ter ouvido (Fix You do Coldplay e Sond of Silence, de Simon
& Garfunkel ainda permanecem intocadas em meu Top 10).
Entretanto,
ao ouvir detidamente outra faixa - Anne Ford - que eu já achava muito legal
antes de prestar atenção na letra, deparei-me com uma narrativa triste,
escondida sob um toque de música agitada e alegre.
Anne Ford conta a história
de um amor entre um homem (o narrador) e uma mulher que ele conheceu certo dia ,
vendo nela a sua cara metade. A história é triste e bela, como quase todas as
histórias de amor que se destacam: ambos passavam as noites em claro,
conversando, se amando… assim, veio o casamento, o bebê e, por infelicidade do
narrador, a morte de sua amada.
Musicas que contam uma
história sempre foram marcantes e deveriam ser mais recorrentes. Se você tem o
hábito de não simplesmente ouvir uma música, mas saber do que ela se trata, na
certa sabe do que estou falando.
Renato Russo dominava a
arte de transformar histórias em poesias, e poesias em músicas. A épica Faroeste
Caboclo que narra a história de um homem e sua sina de sobreviver em um mundo que
transforma as pessoas em lobos selvagens é um dos mais belos exemplos que eu
poderia citar, mas temos que considerar também as maravilhosas Dezesseis, que
conta a história de um estudante que morre em um acidente automobilístico e Eduardo
e Mônica, que narra a trajetória do amor entre duas pessoas que se completavam
justamente pelo fato de serem tão diferentes.
Marvin, do Titãs, é outro
exemplo magnífico. Basta fechar os olhos e acompanhar mentalmente a trajetória
do protagonista em sua tentativa de viver com dignidade apesar da pobreza, da
doença e da morte sempre batendo em sua porta.
Pato Fu, com sua triste Me Explica, narra o acidente que fez com que Herbert Vianna ficasse paraplégico e perdesse sua esposa. No caso, "me explica" foi a primeira coisa que o cantor falou com os médicos, um dia após sua saída do coma no hospital. A banda mineira imprime em sua letra toda a dor e sofrimento de um homem que, em um dia tinha tudo e, no dia seguinte, acorda sem seu amor e sem uma parte de sua própria vida.
E você? Lembra de alguma
música que faz você viajar em suas histórias?
De boa, PatoFu é muito chato. Todas elas me remetem a um lugar único: tédio.
ResponderExcluirConcordo com Marvin, é linda. Mas sou a pessoa das músicas, filmes e livros agitados. Prefiro não me preocupar.
Por isso talvez minha ligação com a música seja fraca.
Anne Ford, um amigo querido me apresentou, é linda mesmo.
Adoro PatoFu. Perdendo dentes é épica.
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